sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

REPENSANDO NA NOSSA FILOSOFIA DE EDUCAÇÃO

Desafiados pelo Professor Isaac Paxe, no curso de agregação pedagógica, fomos remetidos para uma reflexão profunda, sobre qual seria a “nossa filosofia de educação”.
Aquilo que nos move, quando nos desafiamos a participar do processo de ensino-aprendizagem, baseia-se na crença de se puder construir, degrau à degrau, uma sociedade mais livre, justa e transparente, que assenta os seus pilares na dignidade da pessoa humana e num espaço de realização de sonhos individuais e colectivos.
Buscamos sempre por melhores práticas pedagógicas, através das quais acontece a emancipação do Ser, do Estar e do Fazer do indivíduo e, concretizamos o que de mais nobre função docente impõe: a valorização do “ser” com toda a sua capacidade transformadora e libertadora.
Partilhamos conhecimentos, porque acreditamos que com os mesmos, se conquista a sabedoria para lidar com às adversidades da vida e se realizam direitos e deveres dos cidadãos.
Para nós, a sala de aulas representa o espaço do começo do poder transformativo, da solução para as nossas ansiedades e da mecanização dos processos como ponto de partida para a quebra das formalidades e a abertura para criatividade.
Quando o estudante aprende e convive com o conhecimento, ele cria, inova e gera processos produtivos que se refletem no seu bem-estar e na satisfação pessoal e colectiva.
Como professores temos exactamente esta missão: fazer deste sonho uma realidade.
Não sendo dessa maneira o país morre lentamente, os pilares da sustentabilidade da vida vão esmorecendo e a sociedade deixa de valer a pena.
Bastará olharmos para a desestruturação familiar e para os prejuízos patrimoniais que decorrem da precariedade do saneamento do meio, dos atropelamentos e irracionalidade no transito, dos baixos rendimentos salariais e mal-estar no seio das famílias angolanas. 
No entanto, é sobejamente reconhecido quer nos ciclos de tomada de decisão, quer nos ciclos académicos, que o baixo níveis de escolarização constitui a “pedra de tropeço” na nossa sociedade, gerando o insucesso político, económico e social.
Por isso, continuamos a sugerir que se impõe um olhar urgente para Educação como um factor de desenvolvimento para o país, o que significa:
-       O alcance da Justiça Social e melhor distribuição das riquezas nacionais;
-       A melhorias do Índice de Desenvolvimento Humano;
-       A maior disponibilidade de recursos humanos mais qualificados e a consequente minimização do custo de contratação  Mão de Obra – factor muito importante para o ambiente de negocio;
-       A melhor maximização dos recursos disponíveis, por via da maior facilitação na aplicação de sistemas de produção avançados – garantia da economia de escala; e
-       O elevar dos níveis de utilização de tecnologias avançadas nos três sectores da economia: primário, secundário e terciário; e
Hoje por hoje, as pessoas fazem a diferença… importante mesmo é deixarmos de ver o cidadão angolano apenas para fins estatístico. Ele é, na verdade um activo económico e representa o centro na catalisação dos recursos para o desenvolvimento do país.
A utilização do capital humano de forma inteligente, pressupõe, à partida, a recapitalização da nossa Política Educativa. Não tirar proveito do capital jovem desse país é um prejuízo que o país vem acumulando ao longo dos tempos.
Portanto, é urgente “reformar” a Reforma Educativa e toda plataforma socioeducativa do país, sob pena de continuarmos a somar um conjunto de desinteligências que concorrem cada vez mais para as nossas desgraças.
O país merece e nós agradecemos! 

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