Desafiados pelo Professor Isaac Paxe,
no curso de agregação pedagógica, fomos remetidos para uma reflexão profunda, sobre
qual seria a “nossa filosofia de educação”.
Aquilo que nos move, quando nos desafiamos
a participar do processo de ensino-aprendizagem, baseia-se na crença de se
puder construir, degrau à degrau, uma sociedade mais livre, justa e
transparente, que assenta os seus pilares na dignidade da pessoa humana e num
espaço de realização de sonhos individuais e colectivos.
Buscamos sempre por melhores práticas
pedagógicas, através das quais acontece a emancipação do Ser, do Estar e do
Fazer do indivíduo e, concretizamos o que de mais nobre função docente impõe: a
valorização do “ser” com toda a sua capacidade transformadora e libertadora.
Partilhamos conhecimentos, porque
acreditamos que com os mesmos, se conquista a sabedoria para lidar com às
adversidades da vida e se realizam direitos e deveres dos cidadãos.
Para nós, a sala de aulas representa o
espaço do começo do poder transformativo, da solução para as nossas ansiedades
e da mecanização dos processos como ponto de partida para a quebra das
formalidades e a abertura para criatividade.
Quando o estudante aprende e convive
com o conhecimento, ele cria, inova e gera processos produtivos que se refletem
no seu bem-estar e na satisfação pessoal e colectiva.
Como professores temos exactamente esta
missão: fazer deste sonho uma realidade.
Não sendo dessa maneira o país morre
lentamente, os pilares da sustentabilidade da vida vão esmorecendo e a
sociedade deixa de valer a pena.
Bastará olharmos para a desestruturação
familiar e para os prejuízos patrimoniais que decorrem da precariedade do saneamento
do meio, dos atropelamentos e irracionalidade no transito, dos baixos
rendimentos salariais e mal-estar no seio das famílias angolanas.
No entanto,
é sobejamente reconhecido quer nos ciclos de tomada de decisão, quer nos ciclos
académicos, que o baixo níveis de escolarização constitui a “pedra de tropeço”
na nossa sociedade, gerando o insucesso político, económico e social.
Por isso, continuamos a sugerir que se
impõe um olhar urgente para Educação como um factor
de desenvolvimento para o país, o que significa:
-
O alcance da Justiça Social e melhor
distribuição das riquezas nacionais;
-
A melhorias do Índice de Desenvolvimento Humano;
-
A maior disponibilidade de recursos humanos mais qualificados e a
consequente minimização do custo de contratação
Mão de Obra – factor muito importante para o ambiente de negocio;
-
A melhor maximização dos recursos disponíveis, por via da maior facilitação
na aplicação de sistemas de produção avançados – garantia da economia de
escala; e
-
O elevar dos níveis de utilização de tecnologias avançadas nos três
sectores da economia: primário, secundário e terciário; e
Hoje por
hoje, as pessoas fazem a diferença… importante mesmo é deixarmos de ver o cidadão
angolano apenas para fins estatístico. Ele é, na verdade um activo económico e
representa o centro na catalisação dos recursos para o desenvolvimento do país.
A utilização
do capital humano de forma inteligente, pressupõe, à partida, a recapitalização
da nossa Política Educativa. Não tirar proveito do capital jovem desse país é um
prejuízo que o país vem acumulando ao longo dos tempos.
Portanto, é
urgente “reformar” a Reforma Educativa e toda plataforma socioeducativa do
país, sob pena de continuarmos a somar um conjunto de desinteligências que
concorrem cada vez mais para as nossas desgraças.
O país
merece e nós agradecemos!
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