terça-feira, 21 de março de 2017

DIÁLOGO E A EFICIÊNCIA NA GOVERNAÇÃO...

Esta semana ficou marcada, mais uma vez, com a abertura de portas do Ministério da Administração do território  aos Jornalistas dos diferentes órgão de comunicação social e alguns Comentaristas “Fazedores de Opinião” para os devidos esclarecimentos públicos sobre o andamento do processo do registo eleitoral.
A exemplo das conferências de imprensa sectoriais promovidas pelo GRECIMA e os ensaios de constatações do Ministérios da Energia e Água, ainda que em alguns casos em específico, resultam de um mero cumprimento de formalidade, esse tipo de abertura se tem estado a afirmar como um dos principais  mecanismos de diálogo de proximidade entre o poder político e a sociedade.
A necessidade de consolidação dos processos democráticos, uma trilha da qual não pudemos abdicar, abre espaço para que a participação social nos processos decisórios de políticas públicas seja efectivada a partir dos encontros de concertação social, que é um dos espaços para a materialização de uma forma participativa na administração pública.
Muitas são as práticas erradas de governação, que resultam, apenas, da ausência de uma consulta pública ou mesmo da ausência de uma leitura mais eficiente e realista sobre a realidade, o que por consequência geram-se grandes colapsos sociais e prejuízos enormes a pretensão da cada vez e melhor racionalização dos recursos disponíveis.
Exemplos sobre as consequências de uma precariedade do diálogo e concertação  a luz da nossa realidade são muitos. E muitos dos quais caracterizam-se como principais quando de violação dos direitos humanos e abuso de poder se quer tratar. Uma espécie de barreira clara entre os Governantes e Governados.
Outro sim, numa sociedade como a nossa em que fruto dos aspectos históricos vividos, a palavra dita e a informação obtida, por mais simples que pareça, podem causar danos graves a convivência social e mais, o nepotismos e clientelismo fazem parte do apanágio de um modelo de exercício de poder constrangedor, as dinâmicas de execução das politicas públicas, a existência de um espaço de diálogo como factor determinante para o melhor desempenho de uma governação participativa é extremamente prioritário e impõe-se que se consolide  e se estabeleça cada vez mais.
Quando analisado por diferentes autores, o diálogo, na operacionalidade executiva da Administração Pública, se reflecte num “novo modo de gestão pública, que inclui a participação da sociedade civil organizada e, actualmente, vem sendo traduzida num regime onde existem acções coordenadas entre governantes e governados, com maior valor às instituições, representando maior democratização através da descentralização, onde o funcionamento do Estado tomaria mais um sentido horizontal, opondo-se ao modelo vertical e puramente hierárquico”.
Mais do que isso, os agentes público precisam saber que a sua utilidade pública depende, acima de tudo, do grau de satisfação das necessidades dos cidadão. Não bastará olhar para as regalias e vaidades que decorrem do exercício de suas funções, mais do que tudo, o cidadão precisa estar no centro das atenções, o cidadão tem de ser o principal beneficiário do exercício do poder executivo.
Numa perspectiva analítica sobre a definição de um modelo eficaz para o desenvolvimento em África, o Banco Mundial sugere o conceito de “Governança”. Uma garantia no estabelecimento  “de um conjunto de arranjos institucionais de participação social, suporte para processo de coordenação entre os diversos actores e grupos sociais, para atender resultados discutidos colectivamente,  dentro de conjunturas fragmentadas, contribuindo para a estabilidade de uma sociedade”.
Quando assim não acontece, tem que haver preocupação da parte de quem governa... não será errado afirmar que na generalidade dos casos, observa-se mais um exercício de sobreposição do interesse individual sobre os interesses dos cidadão, o que demostra claramente, a falta de vontade política de se realizar o sonho de “um país bom para se viver”.
Valorizemos mais os sentimentos dos cidadãos e passemos a fazer do exercício da Administração Pública o desempenho mais efectivo da satisfação das necessidades do cidadãos. Tais atitudes nos levariam a materialização eficiente das políticas públicas, passo para o desenvolvimento sustentável.

O País merece e nós agradecemos!

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