terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

CAPITAL HUMANO, O PROPUGNÁCULO PARA A DIFERENÇA… SE MANIPULADO COM INTELIGÊNCIA

São muitas as histórias para “boi dormir”. Muitas delas quase que sem fundamento nenhum mas fazem a moda pelas nossas bandas. “Os angolanos não gostam de trabalhar”, “Não temos quadros suficientes”, “Os angolanos são preguiçosos”, “Os angolanos quando contratados levam mais tempo em óbitos do que no trabalho”, etc.. Tudo isso faz-se verdade, até observarmos “olhos nos olhos” de quem profere tais intempéries como que de ladainhas se tratasse.
O discurso recorrente e que cada vez mais se impõe de que os “angolanos são pouco dedicados”, para além de muito generalista, faz de uma batata podre a referência mais absurda da rotulagem da força económica activa do país, mas também, expõem os fracassos dos sistemas de gestão implantados nos diferentes sectores do mercado.
Muitos gestores públicos ou privados esquecem-se de que, tomaram os cargos como que herança patrimonial, resultante de um iluminismo profético, do qual nem uma “sessão de descarrego” seguida de um “jejum das causas impossíveis” os arrebata de tal “apoteose”.
Outros, concentram tarefas, rodeiam-se de um punhado de gente “bajuladora” e extremamente incompetente, inibem mentes criativas com ameaças de rescisão contratual ou mesmo com historietas de feiticismos e, nos momentos mais difíceis em que as habilidades dos seus confrades precisam-se, qual decepção nunca mais vista, não há ninguém para os ajudar.
Como resultado, recitam em voz alta, generalizando tudo e todos, a grande prosa em que transparece de um lado a “burrice e a preguiça” a morarem, calminhas e serenas, nas cachimónias de todos os seus colaboradores, e a “inteligência e a dedicação” feitas parceiras inseparáveis de quem faz a gestão enaltecem, a toda hora, a “esplanada d’egos”.
Do outro lado, a existência de leis que regulam a gestão dos recursos humanos, quer na função pública, quer no sector privado, adaptadas de realidades completamente adversas a nossa, que marginalizam e criam “chances” para que “os gestores oportunistas” tirem proveitos, que a última hora, desincentivam a progressão na carreira, a estabilidade no emprego e, mais grave do que isso, estimulam o desemprego friccional.
Não menos importante, nos últimos anos foi dada maior atenção ao investimento em capital físico, que na sua essência impulsionaria o desempenho económico, gerando demanda agregada e alimentando o crescimento da produtividade, em detrimento do investimento eficiente em capital humano. Uma ênfase a velha teoria dos países subdesenvolvidos de “pensar em mobilizar a força muscular bruta, em detrimento da capacidade intelectual”.
No entanto, é sobejamente reconhecido quer nos ciclos de tomadas de decisão, quer nos ciclos académicos, que as grandes razões por detrás dos nossos insucessos políticos, económicos e sociais, decorrem de muitas insuficiências endógenas, da ausência de uma manipulação mais sustentável do capital humano existente e se constitui na maior pedra de tropeço quando do mercado nacional se aborda.
Somadas as consequências, elas se traduzem num conjunto de prejuízos incomensuráveis e, por isso, nem que juntássemos numa sala os melhores e mais capacitados economistas pro-desenvolvimentistas para pensar Angola, se não as “eliminarmos do tutano”, não haverá conhecimento suficientemente e eficaz para fazer de Angola um país bom para se viver.
O custo de se contratar em Angola é muito alto, não só pelos constrangimentos legais em torno das estruturas e tipologias contratuais, mas acima de tudo, pela fragilidade e grande dificuldade de se encontrar profissionais qualificados com conhecimentos e habilidades suficientes assentes nos padrões internacionais.
Enquanto isso, cada vez mais se reconhece, que a riqueza de um país não está nos recursos materiais que ostenta mas na forma como tira proveito e manipula as habilidades e conhecimentos da força económica dos seus recursos humanos.
Não é em vão que a aposta no capital humano, no conhecimento e na tecnologia apresentam-se como uma “condition sine qua non” da Estratégia Angola 2025 e do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND 2017), instrumentos de gestão do desenvolvimento do país a médio e longo prazo.
Hoje por hoje, as pessoas fazem a diferença… importante mesmo é deixarmos de ver o cidadão angolano apenas como pessoa… ele é um activo económico… ele representa a plataforma certa na catalisação dos recursos para o desenvolvimento do país… a utilização das pessoas de forma inteligente, pressupõe, à partida, fazer delas o baluarte para o desenvolvimento… não tirar proveito do capital humano jovem desse país é das piores incompetências a observar.

É urgente a recapitalização do nosso capital humano… são os eles que fazem os processos acontecer… é urgente revermos a nossa doente reforma educativa, as nossas leis trabalhistas, e as nossas políticas de gestão dos recursos humanos como um todo… sob pena de continuarmos a somar um conjunto de desinteligências que concorrem cada vez mais para as nossas desgraças... O país merece e nós agradecemos!

Audio - Resenha política da semana: Economista Josué Chilundulo conversou com o jornalista Isidro Chiteculo

Audio - Resenha política da semana: Economista Josué Chilundulo conversou com o jornalista Isidro Chiteculo

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

CONSTATAÇÕES FEITAS… ENTÃO MÃOS A OBRA NO DIA ÚTIL SEGUINTE...

O debate está lançado! Se não foi intenção, então o bom será saber que o conteúdo foi provocador, permitiu que com alguma ponderação, dúvidas fossem levantadas sobre a real capacidade do saber fazer de “JLO” para a realização dos sonhos e ambições dos angolanos.
A percepção com que fico e, não muito diferente das constatações anteriores, deduzidas de pronunciamentos públicos do passado, é de que, no final de contas, “não somos ingénuos”.
Sabemos sim e, com toda a profundidade que se impõe, quais são os nossos reais problemas. Que é pior, também já sabemos o que fazer, sabemos o caminho a percorrer e, por antevisão, sabemos quais os potenciais resultados… Então, meus senhores, respondam-me as seguintes questões simples: O que falta para que Angola se torne num espaço bom para se viver? O que falta para que "a vida comece nos municípios", o conhecimento seja valorizado, a corrupção seja combatida e para que deixemos de acreditar que sem abertura de mercado com a consequente quebra de todo um composto burocrático, seremos felizes?
Definitivamente é chegado o momento de sairmos do “muro das lamentações” – não interessa quem vai liderar o processo… o indivíduo e a organização a que pertence não são os mais importantes – antes porém, passemos para acções práticas onde o cidadão passe a ser o centro das atenções!
Deduzido do discurso, a lista de constatações é pequena mas ilustra os indicadores de mudança necessários para a formatação de um ambiente bom para se viver:
A Governação participativa – tem no seu centro o processo de desconcentração e descentralização administrativa. Observada a vista desarmada, o seu reflexo tem implicações fortes nas práticas de boa governação, na distribuição espacial da população, na agenda de promoção do crescimento económico equilibrado e, consequentemente, na diminuição das assimetrias regionais. Tudo isso se constitui, actualmente, numa das maiores causas das desgraças que o nosso país vive. Não será possível crescer de forma equilibrada concentrando numa sala um grupo de iluminados que pensam e decidem o que é melhor para o país como um todo;
O Combate à corrupção – é dos grandes desafios desse país, não fosse as perdas estimadas em perto de USD 1,9 mil milhões, acrescida de diferentes transtornos com imagem e beliscos na qualidade do bem-estar das famílias angolanas. Legislações existem, o que falta são atitudes, comprometimento e a garantia de punição ao infractor sob pena de um dia nos vermos isolados do mundo;
Valorização dos quadros/ conhecimento – tem sido mais fácil a divulgação do discurso falacioso de que “esse país não tem quadros”. Na verdade um absurdo! Não podemos pensar em aumentarmos o número de quadros, sem que valorizemos os que já existem. Uma boa parte de quem detém o conhecimento é desprezado e muito pouco reconhecido – preferimos nos últimos anos desprestigia o mérito em detrimento da valorização da bajulação – as classes técnicas são as que menos ganham, ou seja, os salários são caracterizados por gente de primeira, segunda e os sem caracterização. É preciso mudar isso, é preciso fazer do país uno e indivisível.
A nossa Educação está doente! Não podemos continuar a cometer o erro de fazer do professor um agente exclusivo do processo de ensino-aprendizagem... Olhar para educação de forma isolada e essencialmente como uma rubrica orçamental na construção social de Angola, afigura-se um grande erro que a sociedade angolana não pode continuar a cometer.
A quebra dos “egos” e abertura do mercado - é urgente e extremamente importante. O exemplo mais desgraçado é a nossa lei de investimentos – exigir/obrigar a necessidade de parcerias com nacionais na implantação de um negócio, ou exigir um valor mínimo acima de USD 500 mil é a treva. Pressupõe atribuirmos uma certa importância a mais, as condições económicas favoráveis para a realização do negócio que nós não temos. Para isso, bastará olharmos para os nossos indicadores de “Ambiente de negócio”
Então “Chefe JLO”… considerando que encabeça a campanha do partido que suporta o Governo, não vamos esperar pelo AGOSTO, provavelmente o mês para eleições. Vamos começar agora… No próximo dia útil seguinte ao seu discurso ponha mãos a obra e traduza as ideias agradáveis que nos fez passar para a prática! Oh Chefe… promessas fazem parte do cliché dos políticos, por isso, faça diferente… Pense em primeiro lugar PÁTRIA, pense NAÇÃO, esqueça por uns instantes o PODER e isso enaltecerá a sua filosofia de governar, caso ganhe as eleições.

A “reza não se ensina aos padres” mas, a certeza de que acima das promessas eleitorais, o cumprimento “obrigatório” do dever, faz-se ingrediente infalível para a garantia de expectativas positivas, não podendo, por essa razão, ser ignorado. O país merece… e nós agradecemos!

EUDAIMONIA COM ÉTICA: OS FINS NÃO PODEM JUSTIFICAR OS MEIOS…



Concordando com as diferentes correntes que sugerem estarmos a viver numa sociedade espontânea, onde as coisas acontecem rapidamente, de tal modo imediatas e sem que haja espaços de reflexões antes de qualquer acção concertada, fico com a clara percepção de que, o mundo com as suas politiquices e os seus “pseudos” avanços tecnológicos se tornou cada vez mais veloz, o que por sua vez, capitaliza cada vez mais a variável “tempo”, encurta as distâncias e obriga uma maior perfeição nas escolhas dos caminhos mais rápidos e eficazes, para o alcance dos resultados programados “com custo mínimos”.
Nesta busca acelerada de soluções para a vida, cumprindo com a máxima de que “desde sempre o homem procurou melhores condições de vida”, fruto de modas instituídas e o constante cultivo de práticas anti-sociais, a “síndrome do imediatismo” tem cegado muitas mentes e grupos sociais, onde a ética, o profissionalismo, a justiça social e o cumprimento do dever deixaram de fazer parte das suas prioridades.
Claramente, podemos perceber por via de variadíssimos exemplos, que os exageros na luta e abusos de poder, na construção arquitectónica de maus hábitos sociais que impedem a possibilidade do desenvolvimento profissional dos mais próximos, no grau de insensibilidade, no cultivo de comportamentos invejosos, nos últimos tempos, vão dominando a vida de muitas mentes insanas, ou seja, os fins que percorrem nem sempre ponderam os meios a serem utilizados... o mesmo que dizer que os fins corrompem os meios.
Segundo alguns escritos, “os fins justificam os meios” é uma célebre frase erradamente atribuída a Nicolau Maquiavel, que significa que qualquer iniciativa é válida quando o objectivo é a conquista de algo teoricamente importante, ou seja, na tentativa de compreensão da sua obra “O Príncipe”, sugere-se que Maquiavel indica “que para se manter no poder, o Príncipe deve desenvolver características tidas como "não éticas", como a crueldade e hipocrisia”.
A busca pela felicidade desde sempre impôs uma série de conflitos internos entre o desejo do “Ser” que é manifesto por diferentes sentimentos a exemplos da “capitalização da personalidade, do cultivo de virtudes conquistadoras, do ser reconhecido, amado, elogiado, livre e útil”, etc., desejos esses que quando satisfeitos, o homem encontra a razão de viver.
Por outro lado concorre, por pressão  dos rótulos sociais e das necessidades humanas vitais, o grande desejo do “Ter” que muitas vezes, dadas as nossas limitações em contradição com as nossas ambições, a satisfação das nossas necessidades individuais ficam sujeitas ao princípio económico da lei da escassez: “recursos escassos para necessidades ilimitadas”. 
Não importa o que se deseja – muito dinheiro, ascensão na carreira profissional, cargos de chefia, bens patrimoniais, relacionamentos, habilidades ou experiências – conseguir o que se quer depende sempre da taxa de esforço para obtenção do mínimo. A verdade é que na percepção de muitos preguiçosos com consciência corrompida, meios inconfessos e um conjunto de atitudes tenebrosas se constituem num pacote de males para o alcance de tais fins.
Os exemplos são muitos, basta sairmos pelas ruas das nossas cidades com particular realce para Luanda, para observarmos um conjunto de pessoas predispostas sempre a tirar proveito das fraquezas/ingenuidade dos outros para açambarcar o máximo que pode, “sem dó nem piedade”, dos míseros rendimentos de outrem. E tudo isso se reflecte no crescente número de burlas, nas constantes lutas por cargo, na micro corrupção estampada em tudo quanto é canto dessa cidade, etc., etc..
Daí surgem as grandes questões: O que motiva o agir entre o Ser e o Ter? Quais são os estímulos e referências? Sem uma resposta certa para estes questionamentos, a definição das opções favoráveis a seguir para a conquista da “maior felicidade” passa a ser difícil e quase que impossível de ser alcançada.
Assim sendo, quando o “Ter” sobrepõe o “Ser” a vida perde a sua índole e passamos a ser capazes de “vender a alma ao diabo” onde o carácter, o escrúpulo, a humildade, o respeito e todas outras virtudes que concorrem para a construção de uma personalidade digna de convivência desaparecem e os fins passam a justificar os meios.
A pregação e a prosperidade não associada a experiências humanas, ao sacrifício e a necessidade da criatividade por exemplo, reflectem o apanágio nos dias de hoje. Contudo, a vivência por uma “Eudaimonia com Ética” significa o atingir com disposição do pleno potencial de realização pessoal, ou seja, segundo Aristóteles, “a busca da eudaimonia enquanto meta da vida humana, tem como principal motivo o exercício da felicidade em tudo quanto fazemos”.
Assim, para o pensamento grego antigo “a Eudaimonia com Ética é um dom, é condição essencial para que alguém seja feliz. É a razão é a faculdade que analisa, pondera, julga, discerne. Ela nos permite  distinguir o que é Certo do Errado,  a distinguir os Vícios das Virtudes. Ela  nos permite fazer escolhas pertinentes para nossa felicidade”.
Quando nos submetemos em caminhos “curtos e tortuosos” para o alcance dos nossos objectivos, ainda que extremamente necessários, recorrendo a práticas anti sociais, não éticas e que acima de tudo marginalizam…, a nossa felicidade é construída sobre uma base débil, frágil, transitória… pois, ao não obedecer a lei natural da vida, torna-se susceptível aos contratempos próprios da vulnerabilidade humana, isto é, às vicissitudes do tempo e da vida em si mesma.
O “mundo dá muitas voltas” diz o adágio popular, ele redefine e se restrutura todos os dias, muitas vezes fora do nosso controlo. Por isso, ao fazermos as nossas escolhas e ao definirmos as nossas estratégias de aprendizagem, as nossas conquistas, os nossos projectos de vida, precisamos ter a percepção da capacidade real e contínua de inovar e aprender do nosso eu.
Portanto, deixemos de viver pelos outros, deixemos de agradar a gregos e a troianos, deixemos de buscar o caminho mais fácil para a felicidade, deixemos de enxugar as nossas mágoas no despesismo, nas drogas, na criminalidade ou na vida marginal e passemos, com ética, a construir o nosso espaço eudaimonico onde mais do que um sentimento, a felicidade não está ligada aos prazeres ou as riquezas, mas a actividade prática da razão e faz de nós e das nossas vidas, uma expressão da virtude… vale a pena a mudança... O País agradece!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

ANGOLA E OS MEUS SONHOS, AMBIÇÕES E EXPECTATIVAS… REFLEXÕES FORA DA CAIXA

Cada um de nós tem sonhos, expectativas e ambições. Disso dependem os estímulos para a vida. Infelizmente, sabemos que, quer por vontade própria, quer por influências externas, nem sempre os sonhos são realizados. O mais importante mesmo é não rotularmos os nossos desejos como sendo bons ou maus, mas acreditarmos fielmente na possibilidade de os concretizar, sob pena de perdermos o sentido da vida.
Mais do que sonhos individuais, aqueles dos quais quem não os tem não se realiza, as diferentes influências da vida familiar, estudantil e até mesmo do dia-a-dia, nos influenciam a acreditar que as nossas expectativas e ambições abrem a possibilidade de sermos partícipes activos da construção de um país bom para se viver.
O desenho da Angola que sempre sonhei, aqui no meu espaço, no meu “planado centrismo” onde, os ideais são contruídos com os pés assentes no chão, se alicerçam numa forte base política, económica e social, que quando concebidas com equilíbrio e tomando o cidadão no centro das atenções, por efeito multiplicador, geram forte influência noutros sectores da vida em sociedade em benefício do bem-estar dos angolanos.
Para o alicerce Político, o sucesso da minha pátria está condicionado ao valor das Instituições, já que elas representam o verdadeiro baluarte do interesse colectivo e não se deixam corromper pelos interesses individuais e, só por isso, os agentes públicos se dedicam a cumprir com o seu verdadeiro papel de servidores públicos.
Os partidos políticos não são um espaço para preguiçosos, não trazem listas pré-definidas, não vivem ao sabor do culto a personalidade. Eles dedicam-se a conquistar a simpatia das pessoas. Eles sabem que cada passo que dão, representa a vontade dos seus eleitores; até porque… o não cumprimento do dever impõe sanções: a diminuição da simpatia eleitoral.
Na terra dos meus sonhos, a transparência é o apanágio das práticas de boa governação. Os agentes responsáveis pela monitorização e fiscalização do exercício eficiente da Administração Pública têm a responsabilidade de fazer cumprir as estratégias estampadas no sistema de planeamento nacional. Com isso, há uma redução dos desperdícios e pouca motivação para o supérfluo.
No meu espaço, os agentes com cargos públicos trabalham para justificar os seus bens… não há mordomias fora da real capacidade e disponibilidades públicas… os malfeitores são punidos severamente e o principal interesse e centro das atenções é do cidadão enquanto agente social. O que permite a formação de um Estado eficaz onde o interesse colectivo sobrepõe o interesse individual e o intervalo em que as obstruções e resistências ao desenvolvimento são superadas.
Para o alicerce económico, impera um capitalismo social que funciona, onde o direito a propriedade e liberdade de iniciativa não são causadores da tragédia dos comuns. O estado tem uma capacidade reguladora que lhe permite influenciar o mercado de forma positiva e que por consequência gera de forma criativa uma correspondência equilibrada, competitiva e dinâmica.
A especialização no trabalho e nos sistemas de produção permitem que se diminuam os custos de contratação de mão-de-obra e garantem uma transição rápida e com menor taxa de esforço entre os sectores primários e secundários, sendo que o sector terciário corresponde a uma economia real, sustentável e suficientemente competente para gerar riqueza e um bem-estar social equilibrado.
A acumulação de capital resulta de uma produção com excedente não selvagem e obedece a um padrão de produção internacional assente não só nos sistemas tecnológicos a sua volta, mas também, fortemente assegurado por uma plataforma logística que agrega valor ao custo de produção e que permite que a rede de distribuição nacional facilite uma troca de bens e serviços inter-provincial ou até regional, com diminuição das assimetrias e o alargamento das capacidades produtivas nacional.
A inovação é uma bandeira hasteada, fortemente assegurada por um sistema de educação favorável para a melhoria e dinamização dos sistemas de mecanização produtiva e, na generalização do uso dos melhores recursos tecnológicos disponíveis, que por sua vez, facilitam a implantação de um sistema robusto e eficaz de multiplicação de focos de produção, que reagem como autênticos motores de crescimento económico equilibrado.
Para a ascensão da economia, na pátria dos meus sonhos, o uso de tecnologias modernas permitem que o mercado se diversifique em uma série de novas áreas produtivas, enquanto, as “inovações tecnológicas fornecem uma diversidade de opções e oportunidades de investimento, que se refletem na ampliação e maior diversificação dos bens e serviços produzidos na economia nacional e podem, inclusive, provocar a redução das importações”.
O progresso tecnológico é visto como uma variável capaz de influenciar um convívio saudável entre os três sectores da economia, sem prejuízo das dinâmicas produtivas e a separação clara dos papéis dos diferentes agentes económicos.
Por último, para o alicerce social, na pátria dos meus sonhos, mais do que fazer da educação, saúde e segurança nacional rúbricas orçamentais, há todo o interesse em fazer desse trinómio um factor de bem-estar social, logo, uma necessidade e prioridade máxima das agendas politicas.
A abertura para o uso das melhores técnicas disponíveis e os recursos mais qualificados pra garantir a minimização dos custos de implantação de projectos,; a minimização da taxa de esforço para obtenção do mínimo nas famílias, a melhoria dos procedimentos de acesso aos serviços básicos disponíveis e a responsabilização familiar sobre os processos de educação e transições culturais fazem parte de um modelo de gestão social sustentado.
Nesta terra que eu tanto prezo, o analfabetismo é combatido como função sem a qual não será possível agendar e fazer acontecer outros mecanismos de desenvolvimento necessário. A punição é substituída por um conjunto de acções socioeducativas concertadas entre o velho e o novo e, ela permite uma maior preservação do bem comum ao mesmo tempo que serve de sustento para o sentido de pertença.
No espaço social do meu sonho, cada sector social conhece bem o seu papel e a concertação social permite que a troca de experiências entre os diferentes papéis garantam a coexistência de factores preponderantes para garantia de sucesso.
São apenas os meus sonhos… por isso valem o que valem… bom seria mesmo que eles fizessem sentido… afinal também tenho liberdade para viver bem… - É fácil? Não! -  É possível? Sim! - Fazer da realização dos meus sonhos um factor de sucesso não seria exigir de mais… seria apenas pedir que a manifestação dos sentimentos colectivos façam parte das prioridades de quem tem a decisão política nas suas mãos.

  PAIDEIA: DO CAOS À SIMPLIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO A justificação veio dos principais gestores de alguns bancos da nossa praça, segundo ...