- A Venda ambulante
Em
determinadas circunstâncias, tende a ser um mecanismo de amortecimento de
tensões sociais e políticas sendo que, em tempos de crise é muitas vezes na
informalidade que muitos cidadãos asseguram a sua sobrevivência.
Por
outro lado, alguns acentuam que a economia informal só existe porque há quem a
prefira, sugerindo um desajustamento entre as normas impostas pelo estado e as
preferências dos agentes económicos. O desrespeito pelas normas pode traduzir-se
directamente em inconvenientes para os consumidores, bem como na degradação do
meio ambiente.
Uma
boa parte dos ambulantes é desempregado e vê na actividade uma opção de vida –
uma forma de ganhar a vida se quisermos, ou seja, o mercado informal acaba por
absorver o capital humano, financeiro e técnico que o mercado formal não é
capaz de absorver.
Se
dependesse exclusivamente deles, tenho plena certeza de que fariam diferente,
pois não há dignidade nenhuma em passar o dia a correr debaixo do sol em
condições muitas vezes desumana.
De
forma holística a informalidade produz renda e movimenta muito dinheiro fora do
sistema económico nacional. Para que se tenha uma noção: nós temos gente que
vivendo da venda informal tem casa própria, paga a escola de explicação dos
filhos... Pura lei da sobrevivência.
A
economia informal reduz igualmente a receita do estado e, dessa forma, a sua
capacidade para fornecer bens e serviços públicos, nomeadamente em matéria de
protecção social e de promoção do crescimento económico, bem como a sua
presença desincentiva igualmente o investimento e inovação das empresas formais
que com elas têm que concorrer de forma imperfeita.
- Causas:
Desemprego,
falta de escolarização, conhecimento técnico e uma política de emprego
sustentável elucidativa
- Aspectos periféricos interessantes
- A união dos vendedores, uma espécie de
solidariedade típica que é base para a
fundamentação das sociedades comerciais;
-
Autenticas bolsas financeiras – exemplo
a famosa kixikila -;
-
Uma espécie de cumprimento do horário e
rigor na execução dos negócios;
- Mas também: temos violações do direito
ao trabalho, a protecção do consumidor, do ambiente etc
- Ordem pública
-
Responsabilidade da policia em impor
ordem
- O estado paralelo que se criou...
Atribuindo excessivas competências ao fiscais: até de execução judicial –
prendem, expropriam, executam património, leiloam património, etc.
- Soluções:
-
Simplificação e tornar ágil os processos de
licenciamento comercial, industrial, ambiental e urbanístico;
-
Generalizar o princípio do “balcão único do
empreendedor”, nomeadamente a nível municipal/local;
-
Reforço dos mecanismos de acompanhamento pelo INAPEM nos
primeiros anos de actividade das empresas – uma espécie de aconselhamento ao início
de actividade empresarial e criação de equipas técnicas de apoio aos micro,
pequenos e médios empresários.
-
Melhoria do relacionamento e acompanhamento por parte
da administração fiscal - Automatização de opções no domínio fiscal
-
Construção de mercados em espaços comunitários, fazer
o cadastro dos contribuintes e melhorar a transparência na gestão dos fundos
fiscais;
-
Engendrar politicas de fomento ao primeiro emprego,
formatar o ensino com direção para as necessidades técnica de mercado;
-
Promover a política de subsídios fiscais aos programas
de estágios organizacionais e outros.
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