segunda-feira, 4 de junho de 2018

O JEITO CERTO DE ERRAR


·         Publicado em 21 de maio de 2018

Mariana Thomaz

Errar pode ser  fatal para algumas pessoas. Não importa se for um pequeno erro ou um grande fracasso. A pergunta “e se” sempre vem a tona para tentar mudar o rumo dos acontecimentos.
Na realidade, esse fracasso pode ser uma ótima experiência para aprender.
Claro que é preciso um processo para conseguir aprender de verdade com os erros. Mas se isso não for feito, estaremos fadados a repetir os mesmos erros mais vezes.
Recentemente o Google compartilhou seu processo interno de documentação e aprendizado através dos erros. É um método muito bom, que pode ajudar o dia a dia de empresas, times, e até mesmo pessoas.
Erros são uma parte inevitável da inovação e proporciona dados importantes para aprimorar produtos, serviços e empresas - Google
1. Definindo o que é uma falha de verdade
Segundo a metodologia aplicada no Google, nem todos os erros merecem um post mortem. É preciso ter certos critérios para analisar somente os eventos realmente relevantes.
A dica é se perguntar como categorizar os problemas. Pode ser difícil no começo, mas com a prática é possível ver algumas semelhanças e até mesmo evitar erros futuros, segundo o desenrolar dos acontecimentos.
2. Dissecando o erro com um post mortem
Um post mortem, segundo o Google, é o processo em que o time se reúne para refletir sobre os erros que ocorreram em um projeto.
Para isso, os membros da equipe criam um registro escrito do que aconteceu, por que aconteceu, qual foi o impacto, como o problema foi resolvido e o que fazer para prevenir esse imprevisto de ocorrer novamente.
Para estimular essa conversa entre o time, algumas perguntas podem ajudar. Perguntas como:
O que deu certo?
O que deu errado?
Onde tivemos sorte?
O que podemos fazer diferente na próxima vez?
Lembre-se que a reflexão e a documentação de todas essas respostas são extremamente importantes.
Fracasso é apenas a oportunidade de começar de novo. Só que dessa vez, mais sabiamente. - Henry Ford
3. Errar sem culpa
Não gerar um sentimento de culpa após um fracasso é muito difícil. Mas isso é essencial para que todos os participantes do projeto possam se sentir seguros para falar sobre os erros sem medo.
Assegurar que o time não seja punido pelos erros que cometeu, estabelece uma confiança recíproca.
A chave aqui é evitar a todo custo que as pessoas joguem a culpa umas nas outras. Pelo contrário, é preciso encorajar o mindset de aprendizado e melhorias.
Dessa maneira, é possível substituir o erro por uma oportunidade de crescer e se desenvolver ao invés de culpar por um retrocesso.
Dica: para que todos os membro da equipe desenvolvam essa filosofia de melhoria contínua e aprendizado com os erros, é importante que os líderes admitam seus próprios erros e estejam dispostos a documentá-los. Com o exemplo, é possível promover uma cultura de crescimento genuíno.
Para quem deseja conhecer mais sobre a metodologia do post mortem, recomendo este artigo: https://rework.withgoogle.com/blog/postmortem-culture-how-you-can-learn-from-failure/
E neste documento você já encontra o template para aplicar o post mortem: https://docs.google.com/document/d/1ob0dfG_gefr_gQ8kbKr0kS4XpaKbc0oVAk4Te9tbDqM/edit

E você, o que aprendeu com seu último erro?

Sem comentários:

Enviar um comentário

  PAIDEIA: DO CAOS À SIMPLIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO A justificação veio dos principais gestores de alguns bancos da nossa praça, segundo ...