segunda-feira, 8 de maio de 2017

ENTRE CRÍTICAS FUNDAMENTADAS E PROMESSAS PRÁTICAS... INTERESSAM-ME PROPOSTAS REAIS...

Numa situação de precariedade a que foi relegada a economia de Angola, falar de eleições impõe grandes reflexões, justo porque uma questão se coloca a todos os níveis: com que recursos se vai costurar o país nos próximos cinco (5) anos?
Num momento em que todas as projecções concorrem em desfavor da economia de Angola, qualquer desafio político, económico e social, deve ser relacionado não só as limitações de recursos, mas também, as tensões sociais que dela decorrem.
No âmbito da competitividade dos partidos políticos em tempos de eleições, põe-se sempre em causa as suas reais capacidades de influenciar atitudes e de concretizar programas. Dizem os manuais que a capacidade efectiva dos partidos que concorrem é determinante para um exercício democrático efectivo e digno representativo.
Desta feita, a reflexão sobre o fortalecimento dos partidos políticos no cumprimento de suas funções objectivas e democráticas num contexto eleitoral, ocorre a partir da análise das organizações internas dos mesmos e, da adaptação que demostram ter as pressões do ambiente externo.
Quem se propõe concorrer para governar Angola, não pode passar ao lado de determinados desafios que se impõem no dia a dia dos angolanos e que constituem hoje, como factores mais do que relevantes para condicionar qualquer sistema de governação a ser implantado.
Aquilo que realmente os eleitores querem ouvir dos potenciais candidatos a governação deste grandioso país é a apresentação de soluções reais de problemas candentes que existem e prejudicam fortemente a condição de vida dos cidadãos desse país.
Aos eleitores o que interessa mesmo é saber:
- Que proposta concreta existe para contrariar, nos próximos 5 anos, as projecções do Banco Mundial e FMI em relação ao crescimento económico de Angola que ficará muito abaixo de 1,5% o que de certa forma influenciará negativamente no bem estar das famílias angolanas;
- Que soluções evidentes teremos para o saneamento básico, um problema grave que afeta as 5 grandes cidades do país (Cabinda, Luanda, Benguela, Huambo e Huila), já que os projetos de requalificação existentes, para além de serem muito caros, já demostraram fraquezas de efectivação concreta;
- Como se pretende resolver o problema das assimetrias regionais... uma das grandes culpadas pela má distribuição espacial da população, da deslocalização dos investimentos privados e da precariedade económica de diferentes províncias em Angola;
- Como se vai aumentar os níveis de eficiência produtiva das três grandes linhas estruturantes do Caminhos de Ferro que praticamente se tornaram em grandes “monstros adormecidos”;
- Como tirar proveito dos mais de 200 mil licenciados existentes (dados do Censo 2014) e dos novos licenciados que todos os anos são dispostos no mercado de trabalho, muitos dos quais com formação totalmente desenquadrada das reais necessidades actuais do mercado;
- Que estratégia está direccionada para o elevar do rendimentos de uma classe social que se parece com a "classe média" de outras paragens, sabendo que foi ela quem empregou as domésticas, solicitou serviços e gerou pequenos negócios em tempos de “vacas gordas” que agora está literalmente falida e completamente desestruturada;
- Como serão criados mecanismos de eliminação dos “elos de ligação” e combate ao protagonismo dos agentes públicos com ou sem cargos de relevância na gestão pública, já que são eles os principais vectores da corrupção;
- Que capacidades serão engendradas na dinamização do Sistema Financeiro de formas a fazer dele uma verdadeira plataforma de sustentação do crescimento económico nacional;
- Quais as soluções possíveis com a Saúde que não cura e com a Educação que não educa... causas principais do elevado custo de contratação da mão de obra e da negatividade dos indicadores sócio-demográficos; 
- Como serão formatados os corredores agrícolas... e a consequentemente diminuição do custo da cesta básica... principais causas de pobreza e do desequilíbrio da Balança comercial;
- Que desafios existem com a seca no Cunene e o contraste entre a posse de um activo económico importante familiar (o gado), que resume-se apenas num princípio cultural, mas que pode servir de base para a produção de riqueza não só local, mas acima de tudo para a economia nacional.
São apenas alguns exemplos de situações concretas que apesar de passivos da governação quase que passada, estão aí, existem e afectam negativamente o bem estar das famílias e precisam urgentemente de respostas. 
Quem se propõe a governar esse país terá de ter a hombridade de se desafiar a propor mais soluções do que críticas fundamentadas.
Com frequência, constatamos, na abordagem que os principais partidos fazem, quando confrontados com questões de relevância política, económica e social, evidências nos rementem a uma percepção onde o foco das atenções se circunscreve na troca de galhardetes entre si, perdendo o foco principal do processo: O Cidadão eleitor.
Claro que enquanto isso, as reais preocupações do cidadão não são atendidas e propostas concretas que traduzem a realização “de sonhos” em realidade, vão sendo postergadas a Deus dará.
Só por isso, sugerimos que o melhor mesmo é deixarmos de brincar aos partidos... pois, mais do que expectativas vazias, isso tem custos para o erário público.

Arrisquemo-nos a progredir... O País merece e Nós agradecemos!

3 comentários:

  1. O que dizr de toda essa realidade, trite e nua, de facto os que se propoem a governar esse nosso país, não estam preocupados, com o bem estar do povo, a muita "Birita" como se diz na giría níguém está interessado na distribuição equitativa dos béns, caminhamos para um Abismo governamental, se assim o posso dizer, precisamos de reais propostas como disse o professor e muito bem.Que realmente possam ter olhos que veêm a triste situação.

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  2. O que dizr de toda essa realidade, trite e nua, de facto os que se propoem a governar esse nosso país, não estam preocupados, com o bem estar do povo, a muita "Birita" como se diz na giría níguém está interessado na distribuição equitativa dos béns, caminhamos para um Abismo governamental, se assim o posso dizer, precisamos de reais propostas como disse o professor e muito bem.Que realmente possam ter olhos que veêm a triste situação.

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