Numa situação de precariedade a que
foi relegada a economia de Angola, falar de eleições impõe grandes reflexões,
justo porque uma questão se coloca a todos os níveis: com que recursos se vai
costurar o país nos próximos cinco (5) anos?
Num momento em que todas as
projecções concorrem em desfavor da economia de Angola, qualquer desafio político,
económico e social, deve ser relacionado não só as limitações de recursos, mas
também, as tensões sociais que dela decorrem.
No âmbito da competitividade dos
partidos políticos em tempos de eleições, põe-se sempre em causa as suas reais
capacidades de influenciar atitudes e de concretizar programas. Dizem os
manuais que a capacidade efectiva dos partidos que concorrem é determinante para
um exercício democrático efectivo e digno representativo.
Desta feita, a reflexão sobre o
fortalecimento dos partidos políticos no cumprimento de suas funções objectivas
e democráticas num contexto eleitoral, ocorre a partir da análise das
organizações internas dos mesmos e, da adaptação que demostram ter as
pressões do ambiente externo.
Quem se propõe concorrer para
governar Angola, não pode passar ao lado de determinados desafios que se impõem
no dia a dia dos angolanos e que constituem hoje, como factores mais do que
relevantes para condicionar qualquer sistema de governação a ser implantado.
Aquilo que realmente os eleitores
querem ouvir dos potenciais candidatos a governação deste grandioso país é a
apresentação de soluções reais de problemas candentes que existem e prejudicam
fortemente a condição de vida dos cidadãos desse país.
Aos eleitores o que interessa mesmo é
saber:
- Que proposta concreta existe para
contrariar, nos próximos 5 anos, as projecções do Banco Mundial e FMI em
relação ao crescimento económico de Angola que ficará muito abaixo de 1,5% o
que de certa forma influenciará negativamente no bem estar das famílias angolanas;
- Que soluções evidentes teremos
para o saneamento básico, um problema grave que afeta as 5 grandes cidades do
país (Cabinda, Luanda, Benguela, Huambo e Huila), já que os projetos de
requalificação existentes, para além de serem muito caros, já demostraram
fraquezas de efectivação concreta;
- Como se pretende resolver o
problema das assimetrias regionais... uma das grandes culpadas pela má
distribuição espacial da população, da deslocalização dos investimentos
privados e da precariedade económica de diferentes províncias em Angola;
- Como se vai aumentar os níveis de
eficiência produtiva das três grandes linhas estruturantes do Caminhos de Ferro
que praticamente se tornaram em grandes “monstros adormecidos”;
- Como tirar proveito dos mais de
200 mil licenciados existentes (dados do Censo 2014) e dos novos licenciados
que todos os anos são dispostos no mercado de trabalho, muitos dos quais com
formação totalmente desenquadrada das reais necessidades actuais do mercado;
- Que estratégia está direccionada
para o elevar do rendimentos de uma classe social que se parece com a "classe
média" de outras paragens, sabendo que foi ela quem empregou as domésticas,
solicitou serviços e gerou pequenos negócios em tempos de “vacas gordas” que
agora está literalmente falida e completamente desestruturada;
- Como serão criados mecanismos de
eliminação dos “elos de ligação” e combate ao protagonismo dos agentes públicos
com ou sem cargos de relevância na gestão pública, já que são eles os principais
vectores da corrupção;
- Que capacidades serão engendradas
na dinamização do Sistema Financeiro de formas a fazer dele uma verdadeira
plataforma de sustentação do crescimento económico nacional;
- Quais as soluções possíveis com a
Saúde que não cura e com a Educação que não educa... causas principais do elevado
custo de contratação da mão de obra e da negatividade dos indicadores sócio-demográficos;
- Como serão formatados os corredores
agrícolas... e a consequentemente diminuição do custo da cesta básica...
principais causas de pobreza e do desequilíbrio da Balança comercial;
- Que desafios existem com a seca no
Cunene e o contraste entre a posse de um activo económico importante familiar (o
gado), que resume-se apenas num princípio cultural, mas que pode servir de base
para a produção de riqueza não só local, mas acima de tudo para a economia
nacional.
São apenas alguns exemplos de
situações concretas que apesar de passivos da governação quase que passada, estão
aí, existem e afectam negativamente o bem estar das famílias e precisam
urgentemente de respostas.
Quem se propõe a governar esse país
terá de ter a hombridade de se desafiar a propor mais soluções do que críticas
fundamentadas.
Com frequência, constatamos, na abordagem
que os principais partidos fazem, quando confrontados com questões de
relevância política, económica e social, evidências nos rementem a uma
percepção onde o foco das atenções se circunscreve na troca de galhardetes
entre si, perdendo o foco principal do processo: O Cidadão eleitor.
Claro que enquanto isso, as reais
preocupações do cidadão não são atendidas e propostas concretas que traduzem a
realização “de sonhos” em realidade, vão sendo postergadas a Deus dará.
Só por isso, sugerimos que o melhor
mesmo é deixarmos de brincar aos partidos... pois, mais do que expectativas
vazias, isso tem custos para o erário público.
Arrisquemo-nos a progredir... O País merece e Nós
agradecemos!
O que dizr de toda essa realidade, trite e nua, de facto os que se propoem a governar esse nosso país, não estam preocupados, com o bem estar do povo, a muita "Birita" como se diz na giría níguém está interessado na distribuição equitativa dos béns, caminhamos para um Abismo governamental, se assim o posso dizer, precisamos de reais propostas como disse o professor e muito bem.Que realmente possam ter olhos que veêm a triste situação.
ResponderEliminarO que dizr de toda essa realidade, trite e nua, de facto os que se propoem a governar esse nosso país, não estam preocupados, com o bem estar do povo, a muita "Birita" como se diz na giría níguém está interessado na distribuição equitativa dos béns, caminhamos para um Abismo governamental, se assim o posso dizer, precisamos de reais propostas como disse o professor e muito bem.Que realmente possam ter olhos que veêm a triste situação.
ResponderEliminarMuito bem observado Suzyleiny...
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