sexta-feira, 28 de outubro de 2016

UMA MELHOR HUMANIZAÇÃO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE SE IMPÕE!

Depois de passar por uma das maiores clínicas hospitalar da cidade de Luanda percebi, com muita facilidade, que apesar da presença notável e do uso constante dos recursos tecnológicos disponíveis, os processos e procedimentos para que o paciente tenha um “melhor atendimento” (entenda-se como uma satisfação consciente das grandes motivações que levaram o paciente a entrar em contato com a clínica), eram muito lentos e quase que, com algum exagero, causariam uma situação de caos total.
Na generalidade, percebe-se que há uma maior preocupação dos profissionais de saúde com os procedimentos administrativos do que com “a qualidade do atendimento ao público”, há maior preocupação com o seguimento dos rituais em torno do sistema imposto pelo uso da tecnologia do que com a satisfação dos pacientes e outros utentes. Estes, que são os mais importantes, quer pela necessidade que os obriga a recorrerem a clínica, levando em consideração o seu ponto de vista, as suas necessidades e seus anseios, quer por serem eles os beneficiários directos dos serviços prestados, ou ainda, por serem eles a razão da fonte de recursos para o sustento do edifício, no caso, os maiores protagonistas.  
Parece existir, de forma clara, uma tendência de se confundir o uso de tecnologias avançadas com as melhores práticas de atendimento. Médicos, enfermeiros, catalogadores e outros técnicos a disposição dos utentes, passaram a prestar mais atenção aos procedimentos e formulários no computador  que aos pacientes, fazendo mesmo do paciente um produto... Coisa para dizer “Santa Tecnologia”! 
Assim, as grandes questões que se colocam são: será que as melhores práticas do bom atendimento ao utente estão a ser executadas de facto? O que levaria então a lentidão dos processos? O que levaria a que trabalhadores submetidos a um aparente bom ambiente de trabalho perdessem com facilidades a compostura, a simpatia e a empatia? O que causa tamanha insensibilidade as pessoas de prioridade máxima: aos mais velhos, as mulheres grávidas ou mesmo aos portadores de necessidades especiais? Em que momento perdemos o nosso ser humano?
A discussão sobre as melhores práticas de atendimento ao usuário dos serviços de saúde é antiga, com maior realce para o serviço público onde registam-se maiores incidentes e o reflexo dos mesmos são claros na resistência passiva da população em buscar alternativas de cura (muitas vezes recorrem a tratamentos tradicionais com efeitos graves para saúde humana) e, apenas recorrer aos serviços públicos em casos extremos, muitos dos quais em ponto de não retorno, onde a morte acaba por ser a regra razão nestas situações, apesar dos “pseudo grandes investimentos” anunciados nas rúbricas públicas, fruto do efeito dos serviços de municipalização da saúde. Porém, o que se pode perceber fazendo uma breve visita às unidades públicas e a outras que prestam atendimento de saúde, percebe-se, que na prática, esses investimentos têm pouco efeito na qualidade de vida dos cidadãos.
A verdade é uma, as implicações de um mau atendimento têm reflexos negativos económicos, sociais e até de fórum psicológicos na vida das famílias e, de forma geral, na sociedade. Vezes sem conta, sentimentos de iinsatisfação, revolta, raiva e até mesmo um profundo desejo de vingança apossam-se do nosso ser, por causa da pouca credibilidade que atribuímos aos serviços de saúde, fazendo mesmo, que concorramos para descaminho da auto medicação, do tratamento tradicional não regulado.
A base estrutural da busca pela excelência do bom atendimento aos utentes dos serviços de saúde, impõe que a “Humanização Hospitalar” enquanto factor que estimula a livre expressão, o diálogo, o respeito e a solidariedade, não seja vista de forma isolada, ficando desta forma carente de normas de procedimentos mais efectivas acerca das condutas dos profissionais de saúde. Porém, ela é determinante para a imagem da organização hospitalar, pois reflete a missão da mesma que é a de prestar cuidados de saúde de qualidade à população da sua área de influência, assegurando, em simultâneo uma utilização adequada dos seus recursos humanos e materiais dentro dos princípios de eficácia e eficiência.
O termo “atendimento humanizado” se tornou, para algumas pessoas, uma espécie de clichê da área de saúde no sentido de que muito se fala, mas pouco se pratica. Parece até óbvio dizer isso, mas um bom atendimento ao paciente vai muito além de ser bem-educado. Assim como tratar bem os pacientes não é um diferencial, mas sim uma obrigação de qualquer pessoa que quer fazer da sua vida um compromisso com a saúde. Entender o paciente é fundamental para as melhores práticas do bom atendimento. São sentimentos, anseios, caráter, educação e princípios distintos. Quando se lida com a saúde das pessoas, a humanização é um pré-requisito básico para qualquer serviço de saúde de sucesso.
A prática a luz da nossa realidade é negra, a ausência de humanismo no atendimento aos pacientes também é uma das maiores causas de morte no nosso País. Os efeitos produzem consequências no nosso dia-a-dia e pelos vistos não passa com tecnologias e nem com infras-estruturas de ponta. Passam, acima de tudo, com a melhoria dos mecanismos de controlo, fiscalização e avaliação constante dos sistemas. Passam também, com a melhoria da condição de vida dos profissionais de saúde pois, um profissional de saúde descuidado pode transportar consigo um efeito multiplicador para a propagação de doenças.
Para concluir, será importante também, que os Gestores das unidades hospitalares sejam profissionais com conhecimento prático do funcionamento dos serviços de saúde, uma vez que grande parte desses actuam com um olhar mais dirigido ao lucro fácil do que para a função social implícita aos serviços que gerem.
A sugestão de que haja maiores e, sobretudo, melhores investimentos no treinamento dos profissionais, para que esses percebam claramente a importância do seu trabalho e o grau de utilidade de se atender bem e com humanismo o usuário dos serviços de saúde, obriga à que muito tenha que ser feito, principalmente quando estão envolvidos profissionais de diferentes áreas, diferentes escolas, diferentes comportamentos e diferentes sensibilidades. Mais do que esperar que os pacientes tenham maior consciência dos seus direitos, espera-se que com os resultados positivos de acções de formação aliados a implantação de sistemas simplificados e com melhor desempenho do tempo de atendimento e da qualidade da prestação de serviço, com premiação do mérito, inverta o ciclo vicioso actual onde “cada um manda e pode” e passemos a ter usuários satisfeitos, reabilitados, com auto estima elevada e preparados para o retorno ao lar e ao convívio familiar. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

TRAIÇÃO DA INTELECTUALIDADE INÓCUA...


Muitas vezes, eivados de inspiração absolutista, o nosso ego nos remete a bizarra percepção de que por via da nossa intelectualidade, quase sempre vácuo, tudo pode se justificar! Remetendo mesmo a apreciação da não existência de opiniões secundárias válidas, justo porque tudo a nossa volta é “pequeno”... Por mais ingénuo que pareça, a verdade é uma... isso é somente aparência enganadora. Como diz Robert Brault (um grande tenor norte americano), “aprecie as pequenas coisas, pois um dia você pode olhar para trás e perceber que elas eram grandes coisas”...  

terça-feira, 18 de outubro de 2016

ABELHAS OU MOSCAS... URGENTE DECIDIR!


Do “Heroico e Generoso” e da Estrutura que o Governa, espera-se que sejam Abelhas, o que significa que trabalham e cooperam para a construção e produção de um ambiente saudável para se viver... e não moscas que mais do acumularem asneiras, são imediatistas e disseminam enfermidades endémicas que mais destroem do que constroem...
“A MOSCA focam sempre no ponto negativo de situações ou pessoas... A mosca pode estar num jardim florido que ela não se importará com as flores, mas focará em algum excremento que está no cantinho do jardim. Todo jardim tem algum excremento, inclusive o seu”
“Já A ABELHA, foca sempre no ponto positivo de situações, pessoas e cenários... A abelha pode estar em um lixão a céu aberto, mas sempre focará na pequena florzinha que se encontra por ali... Toda situação por pior que seja, toda pessoa por mais difícil que seja, sempre haverá algo positivo.

“FOCAR NA FLOR AO INVÉS DO EXCREMENTO É UM PADRÃO INSTINTIVO DA ABELHA.”

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

EDUCAÇÃO COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO...

Olhar para Educação como um factor de desenvolvimento significa:
  • Elevar os níveis de aproveitamento e, como tal, melhorar o desempenho dos estudantes;
  • Permitir maior disponibilidade de Mão de Obra qualificada – muito bom para o ambiente de negocio;
  • Minimizar os elevados custos de contratação de mão de obra;
  • Maximizar os recursos disponíveis;
  • Maior facilidade na aplicação de sistemas de produção avançados – garantia da economia de escala;
  • Elevar os níveis de utilização de tecnologias avançadas nos três sectores da economia: primário, secundário e terciário; e
  • Melhoria do índice de Desenvolvimento Humano.
Onde há Justiça Social, há Estabilidade Social...  

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

E SE AS "LINHAS MESTRAS PARA A SAÍDA DA CRISE ECONÓMICA" FOSSEM MAIS JUSTAS…

A complexidade do actual momento económico, que cada vez mais agudiza os níveis de pobreza da população angolana, fragiliza o sistema económico financeiro do pais, que acaba por se refletir na produção, impondo a economia angolana, grandes desafios: dificuldades de importação devido a imposição dos limites de saída de divisas; uma inflação alta, que atingiu níveis homólogos de quase 38% (dados do INE), mais do que o dobro das previsões iniciais do governo; total dependência do mercado externo, acompanhado de variações cambiais extremas e como consequência, o kwanza perdeu força e, como se não bastasse, as receitas fiscais diminuíram e forçaram uma clara incapacidade do Estado em cumprir com as suas funções. Todos estes males aguçam os graves problemas monetários e fiscais que já não são passíveis de disfarçar.
Actualmente, observam-se incumprimentos das agendas pelas perdas financeiras da “irracionalização” dos recursos públicos disponíveis e da crise cambial que nos afecta. A escassez de crédito, com a redução dos investimentos, tem como consequência a desaceleração da economia, resultando em menos produção, menos emprego, mais dificuldades na obtenção do mínimo e num desequilíbrio da balança comercial e de serviços com o resto do mundo.
Na perspectiva económica, a crise pode ser vista como um período de escassez a nível da produção, da comercialização e do consumo de produtos e serviços. Mas é importante observar que os ciclos económicos reflectem sempre uma decadência de um período de “vacas gordas”- expansão (boom). Período este, caracterizado por um aumento da actividade económica e no qual as economias inteligentes criam condições para take off, uma especie de acumulação de capital sustentado, capaz de permitir uma decolagem com menos sacrifício em tempo de penúria; ou a recuperação de um período de estagnação ou de “vacas magras” – recessão (down) – onde os índices voltam a subir e começa o boom do ciclo seguinte.
O período de “recessão”, na verdade, será o foco das nossas atenções. Um período que ocorre quando, na ausência de novos investimentos, acompanhados do arrefecimento do consumo, provoca uma queda na produção e consequentemente um decréscimo na soma das riquezas produzidas de um país, por um período prolongado.
Quando olhamos com “olhos de ver” para os nossos problemas económicos, políticos e sociais, chegamos a conclusão que várias seriam as justificações superficiais e todas elas nos remetem a uma letárgica “zona de conforto”.
Uns imputarão à primeira zona de conforto, de certeza, as Razões Históricas fortemente ligadas ao processo de Colonização versus Descolonização e as suas argutas consequências que, com muita agressividade, afectam o nosso dia-a-dia até hoje. Aqui são analisadas questões como o modelo político adoptado (sistema de produção planificado/centralizado) que produziu o chamado “estado assistencialista” e com isso a precariedade de um modelo falido de produção, incluindo também, o índice populacional e a indisponibilidade de recursos humanos capacitados/qualificados.
Estudos apontam, porém, que a perda gradual dos sectores produtivos agrícolas, a exemplo das grandes zonas produtivas de café e algodão que constituíram durante muito tempo na maior força de exportação para angola e, da  perda da capacidade produtiva das pequenas industrias herdadas da colonização, fruto das nacionalizações e confiscos mal direccionada, geraram embaraços extremos nas transições políticas e económicas.
Outros, de certeza apegar-se-iam a segunda zona de conforto que tem como principal Razão a Guerra Civil que devastou o nosso país durante longos e infelizes 27 anos. No caso, são analisadas variáveis como: destruição total das infra-estruturas sociais e económicas; fragilidade governativa e um elevado nível de instabilidade política e social; justo porque decidiu-se, a determinado tempo, atribuir prioridade máxima “a garantia da paz, a assistência social e a mobilização de doações”. Nesta época, o pequeno sector produtivo que havia, ficou completamente paralisado, a excepção do sector petrolífero, ainda assim, precário na época.
O Estado era o principal garante da economia que, com o elevar da instabilidade política e económica, traduzida no elevado desemprego, volatilidade dos preços e baixa produção nacional, resultado do período longo de guerra, bem como, originou uma autêntica ausência de coesão política partidária. O território nacional ficou dividido, “completamente” minado e sem uma rede de transportes e comunicação funcional.
A terceira zona de conforto recai para Razões Económicas, onde diferentes aspectos são analisados. A forte intervenção do Estado na economia, numa concorrência desleal ao investimento privado, a forte dependência do petróleo que é, acima de tudo, um bem volátil a exemplo do que se vive hoje, registo de um crescimento económico atrelado, apenas, a um sector produtivo com forte influencia externa; ausência de um sector privado forte, capaz de influenciar o surgimento de uma estrutura de mercado competitiva; um mercado financeiro não voltado para o financiamento do pequeno negócio – factor gerador de elevado emprego.
Outro sim, a total dependência do mercado externo, permitiu de certa forma, uma queda da produtividade resultante da incapacidade do estado em pagar a dívida pública interna, uma redução na capacidade de receitas resultante da baixa do preço do petróleo, e no descontrolo total na elaboração, gestão e manutenção das políticas económicas, na desvalorização intermitente e constante da moeda nacional e na presença de um sistema financeiro completamente descontrolado, agravado pela ausência de uma plataforma logística para distribuição da produção nacional e pelo efeito do grande peso da economia informal – factor de grande desestabilização das políticas publicas.
A quarta e última zona de conforto que para nós, representa a de maior relevância, recai para a precariedade das Infra-estruturas Institucionais. Ela, permite-nos perceber as fragilidades das instituições com reflexos  no total desrespeito a propriedade privada, nos vícios instalados de ociosidade na administração pública, extenuada pelo despesismo na gestão do erário público (elevado índice de corrupção, nepotismo e precária fiscalização)  e, na falta de sentido do serviço público pró-cidadão, gerando um grande conflito entre o funcionamento do mercado como tal e as dinâmicas políticas que fragilizam e tornam ineficientes o sistema judicial, na maneira como assegura a observância dos contratos e afecta a vida económica.
Instituições fracas, fragilizam o sistema educativo, encarecem o custo de contratação da mão-de-obra nacional; e promoveram o não aproveitamento real, efectivo e eficiente dos ganhos económicos dos últimos anos de “vacas gordas”, derivado da alta nos preços do petróleo. Elas também, fragilizaram o sector empresarial privado, que muitas vezes se confunde com uma extensão do sector empresarial público.
Só assim se justificam, as debilidades dos sistemas de controlo e avaliação na aplicação eficiente das políticas públicas existentes o que de certa forma gera uma incapacidade de mobilização do Investimento Directo Estrangeiro – IDE - para o fomento da produção nacional. Acrescida da expropriação de terras de pequenos camponeses, agravando ainda mais a condição de vida das famílias, com um aumento no nível geral de desemprego, provocado pela ânsia da “acumulação primitiva de capital selvagem”, grande causadora da Tragédia dos Comuns.
Verdade é que, as consequências sociais da crise são sentidas para além das fronteiras da sua própria origem e afectam os fundamentos da economia. Assim, a definição mais justa para um conjunto de “linhas mestras para a saída da crise económica em Angola” deverão, em princípio, tomar em consideração a ideia de que existem diferentes obstáculos - “zonas de conforto” – a serem conquistados. Pelo que, desafios como:
a) A Definição de uma Estratégia de Desenvolvimento que compreende: A substituição de importações por via do fomento da produção nacional, a eleição de sectores produtivos direccionados para os mercados internacionais e a consequente promoção de exportações. Para tal, créditos preferenciais, subsídios as exportações, a reforma agrícola e o desenvolvimento rural que fomenta o convívio pacífico entre o grande empresário agrícola e o produtor familiar são importantes para garantir o fomento do emprego e o surgimento do negócio periférico;
b) A Garantia do Financiamento para o Desenvolvimento que se traduz: na fiabilidade do funcionamento do sistema financeiro (provisão, intermediação, disseminação, alocação e inovação financeira), no fomento de bancos de desenvolvimento funcionais que retirariam a exclusividade da gestão do angola-investe dos “primos” e tornariam mais competitivas as diferentes linhas de financiamento e, na disponibilidade de informações sobre a solvabilidade das instituições financeiras para estimular o aumento do grau de bancarização e a consequente a aplicação das poupanças.
c) A Clareza no Papel do Estado na definição de políticas e supervisão do sistema financeiro, o que implicaria atribuir maior dinâmica a central de risco de crédito para garantir a perfeita mobilidade de capitais. De certa forma, a definição clara dos limites do intervencionismo do Estado na economia, influenciaria de forma positiva na maior capacidade de mobilização do Investimento Directo Estrangeiro, para além da disponibilidade do crédito ao investimento e dispor as famílias, pacotes de microcréditos para o fomento do pequeno negócio.
d) A Garantia das Infra-estruturas Institucionais “saudáveis”. Fundamentada por diferentes autores, “as Instituições, a partir do seu conceito, podem conduzir ou ao desenvolvimento, ou ao declínio de uma nação.” Impõe-se a garantia dos direitos de propriedade, a qualidade do Governo que envolve a percepção acerca da corrupção, regulamentação e procedimentos, estabilidade macroeconómica, eficiência e integridade dos sistemas judiciais, acrescida da pronta capacidade de uma Regulação que flexibiliza e protege os investidores, impõem padrões de contabilidade e permite uma melhor disponibilidade de informação e menos burocracias.
e) A Criação de um Ambiente Fiscal eficiente que impõe uma reforma fiscal voltada para a garantia da competitividade do mercado e a definição clara dos limites da actuação do sector corporativo do estado. Serão vantagens a serem consideradas, se e somente se, outras garantias económicas que de certa forma impõe o alargamento do capital físico que corresponde a necessidade de uma plataforma funcional de suporte a economia: rede de transportes conexa a plataforma logística, energia, água, comunicação e tecnologia. Elementos essenciais na criação da riqueza, na medida em que reforça a qualidade e produtividade decorrente do uso dos recursos disponíveis.
f) A Contribuição do Capital Humano na criação da riqueza nacional e o seu mais alto nível médio de habilidade e conhecimento. Só assim, mais facilmente os indivíduos em idade produtiva compreenderão e aplicarão as tecnologias disponíveis.
g) O Aumento no Controlo sobre Bancos e Instituições Financeiras e o financiamento que dinamiza a construção de obras e de infra-estrutura para a geração de empregos e aumento do mercado consumidor. A Concessão de subsídios e créditos agrícolas a pequenos produtores familiares e a criação de previdência social, que estipula um salário mínimo, além de garantias a idosos, desempregados e inválidos. 
h) Não menos importante, o agravar no controlo da corrupção na Administração Pública e a consequente redução dos custos públicos e, sobretudo, aumento da produtividade da função pública e o incentivo á criação de sindicatos para aumentar o poder de negociação dos trabalhadores e facilitar a defesa dos novos direitos instituídos na nova Lei Geral do Trabalho.
Para concluir, Angola continua a precisar de reformas estruturais profundas, o que implica ter maturidade para que o seu desenho institucional seja discutido e repensado. O Plano Nacional de Desenvolvimento que prevê uma “Angola  progressista e solidária” tem que voltar a estar no centro do discurso político.
Justo porque esta não será a primeira e nem a última crise, vai ser bom o esmiuçar de aspectos falhados e a projecção de formas que asseguram a não repetição dos mesmos erros. Não nos dotarmos agora, de estratégias de reacção capazes que promovam a eficiência e a efectividade das Políticas Pública engendradas, é pura e simples estupidez!

As lições não podem ser ignoradas, pois, “quem não reflecte no seu passado está sujeito a repeti-lo” e fazê-lo, pode revelar-se grave e significar, nada mais se não, o destruir, de forma irreversível, o projeto de Paz, de Desenvolvimento e de Reconciliação Nacional entre os angolanos.

  PAIDEIA: DO CAOS À SIMPLIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO A justificação veio dos principais gestores de alguns bancos da nossa praça, segundo ...